terça-feira, 15 de maio de 2012

Saudade X Falta

às 09:11 0 comentários
Sentir falta é diferente de sentir saudade. A saudade bate, agonia, estremece. A falta congela, chora, entristece. A saudade é a certeza que a pessoa vai voltar. A falta, é o querer ter de volta, mas saber que não vai ter.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Porque dar uma segunda chance, nem sempre é uma boa :|

às 09:59 0 comentários

Não sei quem foi, mas com certeza essas palavras foram proferidas por alguém muito sábio: “voltar pra um velho amor é que nem ler um livro pela segunda vez – você já sabe como vai terminar.” Sim, porque nosso coração romântico tende a achar que isso é exagero, que sempre há chances quando há amor, e que nunca é tarde pra se arrepender. A realidade, porém, tem se mostrado impiedosamente contrária a esse nosso ideal romântico de relacionamentos.
Ficar com alguém só por amor é uma péssima ideia.
Pessoas que se recusam a acreditar esse fato acabam quebrando a cara incontáveis vezes. Porque o amor é necessário, mas ele, sozinho, não sustenta uma relação. É preciso muito mais do que isso. Parceria, respeito, companheirismo, objetivos de vida similares, sexo de qualidade, são apenas algumas dentre as diversas características necessárias pra se sustentar um relacionamento formado por duas pessoas distintas. Sem elas, desculpe-me o Cazuza, nem todo amor que houver nessa vida é o bastante.
Quando um relacionamento termina é porque alguns dos pilares básicos não estavam fortes o bastante e, acredite se quiser, na maioria das vezes o amor não é um deles. Porque é muito comum observar casais que terminam ainda se amando. O amor continuava intacto, mas outras afinidades não estavam bem estruturadas o que impossibilita a continuidade de um relacionamento feliz. Só que a carência, a saudade da rotina, as noites frias de domingo sozinha na cama, nos fazem acreditar no contrário. É mais fácil ceder do que resistir. E nós, fracos que somos, ficamos assustadíssimos diante de uma realidade na qual não temos mais o conforto de uma relação que fez parte da nossa existência por tanto tempo. Recomeçar é difícil demais. O vazio machuca demais. E no meio dessa fase dolorosa de recuperação, eis que surge o ex – uma esperança no fim do túnel pra nos tirar do sofrimento. Como a mente mente, ela nos faz acreditar que dessa vez vai ser diferente, que tudo vai mudar – e nós, num ato de desespero, voltamos. Muito provavelmente pra descobrir – depois que a fase da empolgação de um novo começo acaba – que nada mudou.
Costumo comparar essas segundas chances como alguém que anda de bicicleta. Você estava pedalando feliz até que um dia levou um tombo e estourou o joelho, que ficou em carne viva. Daí você sente dor, passa remédio, faz curativo. Só que a vontade de andar de bicicleta de novo é tão grande que, mal a ferida cicatrizou, e você já sai pedalando de novo. Até que passa novamente por um buraco e se estatela no chão. O pobre joelho que estava começando a se recuperar, retrocede,  ficando ainda mais machucado do que antes. Tudo isso porque você  não soube dar-lhe o tempo necessário pra se recuperar, pra se renovar, pra trocar de pele. Experimente trocar o joelho pelo seu coração – é assim que você age quando volta pra um amor antigo por causa da carência. Seu coração estava no processo de cura, precisando de cuidado, de isolamento, até que estivesse pronto pra outra. Mas você ignorou o aviso do corpo. Se entregou novamente àquele amor antigo, que você sabia que lhe faria mal, cedo ou tarde. Se tivesse dado o tempo necessário para a cura completa, aí sim estaria pronta pra andar de bicicleta novamente e explorar outras esquinas pelo mundo. Dessa vez, consciente, fortalecida e preparada. Mas você foi fraca e, como não poderia ser diferente, estatelou seu coração mais uma vez.
Por isso já dissemos por aqui que ser feliz é mesmo pros corajosos. Aqueles que jamais se esquecem que o maior amor do mundo tem que ser o amor próprio. Sempre que você passa em cima desse amor em nome do amor por outra pessoa, o resultado já é conhecido – você ativa o botão do VDM (vulgo, vai dar merda.) E sempre dá, as estatísticas confirmam. Por isso, sempre que nos sentirmos tentados à dar uma outra chance pra algo/alguém que nos fez mal, deveríamos nos lembrar que a vida é boa, que é bela, e que estamos aqui em contagem regressiva, por isso não há tempo pra apostar nos mesmos erros. Só assim nos permitiremos, antes de qualquer coisa, dar uma chance pra nós mesmos.

Texto que me identifiquei muito, tirado do site www.casalsemvergonha.com.br que eu classifico o melhor, quando o assunto é relacionamentos e seus derivados. Vale a pena conhecer.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Saudade é corpo de delito das coisas boas da vida.

às 08:58 1 comentários

Nada nesse mundo tem mais toneladas do que a saudade, nada. Saudade é uma dor imensurável e sufocante presente em cada hiato. É sentimento abstrato que esmaga o peito como se fosse concreto. A saudade é a vírgula quilométrica enraizada entre dois pontos, dos muitos textos que a vida infelizmente pausa por falta de prosa e até pelo excesso de rosas. Saudade afia os ponteiros do relógio, transforma poucas horas em cortes profundos, dominados por flashbacks com ardor de álcool cuspido sobre ferida aberta, aparentemente incicatrizável. A saudade nos afoga com as águas calmas do passado, desfoca o presente e congela o futuro como faz o frio polar de uma nevasca.
A saudade transforma qualquer música em motivo para pensar naquilo que partiu dentro de um avião, que nunca deveria decolar, nem por decreto do Papa. Saudade é emoção indivisível, razão incontestável para relembrar o gosto inesquecível daquela pessoa que mudou nossos passos, gestos e hoje, infelizmente nos considera gasto, empoeirado. A saudade é a sombra maldita que não precisa da luz solar para nos seguir por cada calçada da vida. Ela repousa num banco de passageiros vazio, dorme em nossa insônia, esconde-se nos presentes que prendemos em caixas lacradas, blindadas pelo medo de encarar as memórias boas.
Ela transforma comercial de televisão em lágrimas reais, faz homem barbado virar menino ansioso em dia de natal, como um cachorro que espera o dono todo dia ao pé da porta, mesmo que esse nunca mais volte pra casa. A saudade enlouquece, embriaga, faz o mundo todo ter uma só cara e nenhuma cura. A saudade é um bar que já saiu rotina, um prato de risoto que foi comido antes do gozo, um beijo único no meio do olho. É o medo de perder uma peça em meio à multidão e nunca mais encontrar outro alguém que encaixe tão bem nesse quebra-cabeça. Saudade é temer a vinda do novo e teimar em achar que o velho sempre será a melhor parte dessa obra de arte, chamada vida.
A verdade nua e crua é que ninguém nesse palco real está imune ao pesar da saudade, a dor latejante das inevitáveis partidas e aos planejamentos que talvez permaneçam inacabados até o fim da vida, esquecidos numa lista eternamente guardada no fundo da gaveta, mas nunca jogada fora. Desconheço alguém nesse universo grandioso que não tenha perdido o chão, a cabeça, a pose e até mesmo a sanidade quando deu de cara com esse tal sentimento com aparência de muralha intransponível e cheiro de fotos velhas. Não existe colete à prova de saudade, nem formas de blindar nossa vida dos estilhaços daquilo que vai e nem sempre volta.
Sendo bem sincero, existem sim algumas dicas para quem não quer esbarrar com a saudade: recuse toda e qualquer alegria que te faça gargalhar até sentir dor nos músculos da barriga, nunca se envolva com pessoas capazes de colorir teus dias mais cinzas e chuvosos, coma tudo sem sal e sem tempero, não viaje, não saia de baixo do edredom por nada, não beije nem na bochecha, não faça sexo e em hipótese alguma conheça seus avós se a vida lhe der essa oportunidade imperdível.
Não sei você ilustre leitor, mas eu prefiro carregar essas mil toneladas de saudade, ainda que em meio a lágrimas e memórias martelantes, pois só assim terei a certeza que estou vivo de verdade, sem talvez, nem porém. Afinal, saudade é corpo de delito das coisas boas da vida.


You should be here... with me

às 07:31 0 comentários
As vezes eu me canso, me canso de estar sozinha estando junto, me canso de dividir algo que eu queria por inteiro, e não, não é egoísmo, é necessidade, necessidade de te ter pra mim… Quando a gente ama, a gente fica egoísta mesmo, a pessoa é nossa, e de mais ninguém. E é isso, eu assumo, eu te amo sim. Mesmo não querendo, não podendo… Te amo com cada pedaço de mim… 
Mas você tem uma visão diferente de amor, acha que da pra ir levando, que nunca nada é tão sério… Mas eu sei que tenho uma parcela de culpa em tudo isso… sempre fui fácil demais pra você, e as pessoas gostam daquilo que não tem… 
É engraçado perceber como quando você se assusta, pensa que talvez eu esteja indo realmente embora… como você age diferente, como se eu fosse tudo o que você sempre sonhou, e como se você não pudesse mais ficar sem mim… mas, eu, com facilidade desculpo, mais uma burrada, mancada atrás de mancada… e é só ter certeza de que eu estou aqui de volta, que você me trata como se não fosse nada demais… mais uma vez… Qual a graça de brincar com um brinquedo que você tem certeza absoluta de que é seu não é?  
Eu sou insegura, mais ainda com você. Preciso de certezas, da sensação de ser realmente importante…. posso estar exagerando mas, é o que eu sinto, e não tenho mais como lutar com isso.
Não por vontade, mas ando refletindo, existem coisas que me incomodam mais do que o imaginável, mas eu tentei nunca dar atenção a elas, pra poder te ter, Mudo qualquer plano, vou pra qualquer lugar, faço tudo o que eu puder pra te ver feliz, pra te ter aqui… Mas percebi que nem sempre é exatamente recíproco…
Não vou deixar de te amar, de forma nenhuma, mas preciso parar… preciso aprender a não precisar de você, se um dia quiser ser capaz de estar com você.
Assim como você faz, porque eu sei eu estou errada nessa parte de mudar tudo e querer tanto o tempo todo. Você tem suas prioridades, e isso é o correto… só preciso aprender a ter também… 
E você precisa de uma vez por todas, perceber que eu faço falta, que você querendo ou não, sou parte de você. Você precisa perceber de uma vez por todas, que eu sou o tipo de brinquedo que vale a pena guardar com carinho, aqueles especiais dos quais você nunca se desfaz, e não o tipo de brinquedo que depois que você cansa de brincar, é só doar pra caridade na primeira oportunidade…
Não me leve a mal com todas essas analogias, é só um jeito de me expressar, não sei se você vai entender exatamente o que eu quero dizer com tudo isso, e se vai servir para o propósito que deveria, que é o de melhorarmos as coisas, ou se depois de tudo isso você vai preferir menos complicação, menos exigências, menos carência e mais independência…
Eu sei mesmo que sou cheia de defeitos, alguns muito muito irritantes… Mas eu tenho certeza de que eu faço tudo o que estiver ao meu alcance e também o que não estiver pra estar com você, pra te fazer feliz…  Não há nada no mundo que eu queira mais do que ser sua, por inteiro, como eu quis desde o começo… Sei que estou correndo sérios riscos de me machucar, mas eu simplesmente não quero mais viver na duvida, de, se é real, se é verdadeiro, não consigo entender você pedindo pelo meu amor, e me afastando ao mesmo tempo. 
Quero que pertençamos um ao outro, mas, por inteiro, se for pra fazer isso, devemos deixar medos e desconfianças pra trás… Não digo e nem espero que seja fácil, mas, não está sendo assim também… Depois desse tempo todo, acho que chegamos à um impasse. E ele precisa de solução.
 

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